Volume 15, No. 4 
October 2011

 
  Ana Karla Pereira de Miranda Elizabete Aparecida Marques


 
 

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Isso vai dar merda:

implicações do conhecimento do significado de expressões idiomáticas na tradução de uma entrevista do ex-presidente Lula1

Ana Karla Pereira de Miranda e Dra Elizabete Aparecida Marques

Resumo

As relações existentes entre linguagem e cultura podem ser percebidas principalmente através do léxico de uma língua. As expressões idiomáticas (EIs), estruturas que compõem o léxico, são unidades linguísticas marcadas culturalmente e que, por isso, carregam em si dificuldades para sua tradução. Dessa forma, objetiva-se neste trabalho fazer uma análise contrastiva da tradução para o espanhol de EIs do português presentes em uma entrevista do ex-presidente Lula à revista Isto é. Através deste estudo, procura-se mostrar as dificuldades encontradas ao se traduzir uma EI. Para tanto, utilizou-se como aporte teórico os estudos da Fraseologia, Tradução, Lexicologia e Lexicografia, visando à análise da versão espanhola da entrevista supramencionada. Obteve-se como resultado desta investigação que as traduções das EIs brasileiras ao espanhol diferem-se muito de seus possíveis correspondentes na língua alvo.

Abstract

The relationship between language and culture may be perceived mainly through the vocabulary of a language. Idiomatic expressions (EIs in Portuguese), or lexical structures, are culturally marked linguistic units, which therefore represent a difficulty factor in translation. This paper is an attempt at a contrastive analysis of the translation into Spanish of an interview given by former Brazilian president José Inácio Lula da Silva (Lula) to the magazine Isto é. With this study, we intend to show the difficulties encountered in translating EIs. For this purpose, theoretical resources from the study of Phrasology, Translation, Lexicology, and Lexicography were used to analyze the Spanish version of the above-mentioned interview. As a result of this study, it was found that the translations of Brazilian EIs into Spanish differ considerably from their possible counterparts in the target language.

Palavras-chave (Key words): Fraseologia; Tradução; Expressões Idiomáticas


 

Introdução

pesar do uso frequente de fraseologismos na comunicação cotidiana, o estudo dessas lexias complexas2 no Brasil é ainda incipiente, principalmente no que concerne ao estudo contrastivo dessas unidades. Como exemplo, podemos citar o fato de que os dicionários fraseológicos encontrados em língua portuguesa em nosso país, ou são muito antigos, ou retratam uma visão mais folclórica que científica da língua. Além disso, ainda não existe no Brasil um dicionário de fraseologismos do espanhol e do português elaborado sob critérios científicos.

Essa falta de material disponível para consulta dificulta o labor de todos aqueles profissionais que trabalham com uma língua estrangeira, inclusive o do tradutor, que nos concerne neste estudo. Os profissionais citados não têm nem ao menos como consultar o significado de um fraseologismo encontrado no texto de partida quando o mesmo tiver sido produzido em língua portuguesa. Afinal de contas, muitas das unidades complexas de nossa língua não estão registradas nos dicionários gerais.

Sabemos que, por razões de extensão, a inclusão de um grande número de fraseologismos não é tarefa dos lexicólogos responsáveis pela elaboração dos dicionários gerais. Acreditamos que essas unidades do léxico devem ser registradas em dicionários especializados tanto monolíngues quanto bilíngues.

No que se refere à tradução dessas estruturas, estamos de acordo com Xatara, Riva e Rios (2001, p. 183), e acreditamos que é possível sim estabelecer uma correspondência entre unidades complexas de diferentes línguas, pois, apesar de ser

[...] impossível se definir ao certo se a equivalente de um fraseologismo em língua estrangeira é idêntica à usada em nossa língua, tanto no que se refere ao significado, quanto à precisão da frequência e do nível de linguagem. Paradoxalmente, entretanto, é possível se estabelecer uma correspondência idiomática interlínguas e dicionarizá-la.

Dessa forma, analisar a tradução de expressões idiomáticas (EIs), um dos tipos de fraseologismos, encontradas na tradução ao espanhol de uma entrevista do ex-presidente Lula à revista Isto é, e que causaram uma correspondência errônea, é o que objetivamos através deste trabalho. Para que isso seja possível, nos valemos dos estudos fraseológicos e tradutológicos. Além disso, fizemos uso de dicionários gerais e especializados, bem como do buscador Google.


  1. Fraseologia, fraseologismos e EIs
  2. Segundo Tristá (1988, p. 8)3, os primeiros estudos dos temas que um dia viriam a ser o objeto de estudo da Fraseologia datam do século XVIII.

    Assim, em seu princípio, temos ao eminente cientista M. V, Lomonósov (1711 - 1765), que advertiu a diferença entre a palavra e as "frases", os "idiomatismos" e as "locuções"; compilou uma séria de refrães, uma parte dos quais lhe serviu de material ilustrativo em sua Gramática russa, e assinalou a importância de que as "frases e os "idiomatismos" fossem incluídos nos dicionários.

    Contudo, a Fraseologia só foi instituída como disciplina pelo lingüista francês Charles Bally na primeira metade do século XX, sendo este considerado o seu fundador (TRISTÁ, 1988).

    Atualmente, a Fraseologia ainda possui limites turvos, causando controvérsias entre os linguistas, tanto no que tange à delimitação de seu objeto de estudo, quanto no concernente aos termos utilizados por seus estudiosos. Para alguns pesquisadores, aqueles com uma visão restrita da Fraseologia, somente as EIs como burro como uma porta são objeto de estudo dessa disciplina. Já, para a maioria, os que possuem uma visão ampla dessa disciplina, os provérbios como Deus ajuda a quem cedo madruga, as colocações como sistema solar, e as locuções como desde então também podem ser considerados fraseologismos e, também, são, portanto, objetos de estudo da Fraseologia.

    Neste trabalho, consideramos a Fraseologia como uma ciência que estuda as lexias complexas da língua, cristalizadas e indecomponíveis, podendo ter essas sentido figurado ou não (CAMACHO, 2008). Sendo assim, adotamos neste trabalho uma visão ampla da fraseologia. Entretanto, somente as EIs, um tipo particular de fraseologismo, serão aqui analisadas.

    Além disso, neste trabalho, em consonância com os estudos de Xatara (1998)4 apud XATARA, 2001, p. 184), consideramos como EI toda "lexia complexa indecomponível, conotativa e cristalizada em um idioma pela tradição cultural".

    1. Fundamentos para a identificação das EIs

    Para que um trabalho contrastivo como o nosso possa ser realizado, é necessário que conheçamos nosso objeto e tenhamos critérios bem definidos para seu reconhecimento em um enunciado. Somente dessa forma saberemos que uma unidade é uma EI, e não uma expressão similar a esta.

    Dessa maneira, para que faça parte de nosso corpus, um fraseologismo deve ser composto de duas ou mais lexias5; deve ser indecomponível, pois a substituição, a omissão ou o acréscimo de uma lexia poderá causar um prejuízo para sua interpretação semântica; possuir sentido figurado, já que há outros tipos de UFs que também podem ser lexias complexas, indecomponíveis e cristalizadas; e, por fim, deve estar cristalizado, isto é, aceito por parte de uma comunidade linguística, o que o torna frequente e com sentido estável.


  3. Fundamentos tradutológicos
  4. Servimo-nos de uma noção de tradução que aproxima o processo tradutório do processo de leitura. Dessa forma, o tradutor adquire o papel de leitor, sendo ele "um sujeito social responsável pela produção de significado" (RODRIGUES, 2000, p. 221). Segundo Rodrigues (2000, p. 221), ele não é responsável pelo transporte de significado ou pela descoberta de um equivalente em duas línguas, mas sim "um agente transformador responsável pela reescritura de um texto".

    De acordo com Arrojo (1993, p. 145), durante o processo tradutório, o tradutor adquire o papel de autor do texto, porém isso não significa que a ele será permitido escrever o que bem entender na tradução do texto do outro.

    Muito pelo contrário, assumir a responsabilidade pelas decisões sobre o significado e sobre as soluções para a tradução que realiza é assumir também a impossibilidade dessa "liberdade" ou dessa "liberalidade". Ou seja, para o tradutor, assumir a responsabilidade pela tradução que "escreve" é também assumir que nenhum significado e nenhuma solução podem ser exatamente "livres", já que se produzem sempre no interior das relações e das redes de poder das quais participa como membro ativo e agente transformador.

    Ainda segundo Rodrigues (2000, p. 225), sendo esse tradutor/leitor um reescritor do texto, suas escolhas nunca serão isentas, sempre revelarão "uma avaliação de sua própria língua e cultura, da língua e da cultura estrangeira, assim como do texto e do autor que traduz".


  5. Análise do corpus
  6. Procederemos aqui à análise das EIs que causaram um problema de correspondência nos dois textos analisados.

    1. Levantamento em dicionários
    2. Retomamos aqui nossa discussão a respeito da relação entre os dicionários e os fraseologismos. As EIs foram pesquisadas nessas obras com o objetivo de verificar os subsídios que estas aportam para o tradutor.

      Como não disponibilizávamos de um dicionário especializado de fraseologismos em língua portuguesa, utilizamos para nossa pesquisa os dicionários gerais que seguem: Dicionário didático do português e Novo Aurélio do século XXI: o dicionário da língua portuguesa. Vemos como de essencial importância a busca de registros nessas obras para que pudéssemos verificar seu significado e assim verificar se a correspondente em espanhol encontrada pelo tradutor foi satisfatória.

      Dentre as EIs pesquisadas (dar merda, dar porrada, chegar lá e encher o saco) somente uma delas (encher o saco) está registrada no dicionário Novo Aurélio do século XXI: o dicionário da língua portuguesa. Como já dissemos, vemos isso como um obstáculo a todos àqueles que trabalham com uma língua estrangeira.

      No que diz respeito aos dicionários de língua espanhola, foram utilizados tanto dicionários gerais, quanto especializados, sendo eles Diccionario fraseológico del habla argentina e Diccionario de la Real Academia Española (DRAE).

      Usamo-los como ferramentas para verificar as traduções feitas, porém observamos que essas traduções diferem muito de suas correspondentes em português.

    3. Levantamento no Google
    4. Além dos dicionários, usamos também o buscador Google para a verificação dessas traduções. Para isso, utilizamos a busca avançada e verificamos que a mesma falta de correspondência ocorria.

    5. Discussão

      Considerando os aspectos anteriormente apresentados, passamos aqui à análise das traduções das EIs. Para isso, disporemos a versão em português e a versão em espanhol do texto, uma ao lado da outra, e logo discutiremos sobre as definições das EI destacadas.

      Tabela 1: dar merda/ dar mierda, tomar porrada/ dar porrada

      Eu, de vez em quando, adoto uma máxima do Chico Buarque: tem que ouvir o ministério do que vai dar merda (sublinhado nosso). Aprendi antes de tomar a decisão a chamar outras pessoas para perguntar: isso aqui vai dar merda (sublinhado nosso) ou não? Governar é uma coisa engraçada. Uma vez o Gilberto Gil propôs a criação da Ancinave. Era uma proposta. De repente a gente estava tomando porrada (sublinhado nosso) de todos os lados. (Disponível em: http://www.tijolaco.com/?page_id=22297 Acesso em: 03 jan. 2011)

      Yo, de tarde en tarde, adopto una máxima de Chico Buarque: tiene que oír al ministerio que va a dar mierda (sublinhado nosso). Aprendí antes de tomar la decisión a llamar a otras personas para preguntar: eso aquí va a dar mierda (sublinhado nosso) o no? Gobernar es una cosa chistosa. Una vez Gilberto Gil propuso la creación de Ancinave. Era una propuesta. De golpe la gente estaba dando porrazos (sublinhado nosso) por todos lados. (Disponível em: http://publicaronline.net/2010/08/13/actualidad/entrevista-a-lula-de-isto-e-%E2%80%93-brasil-nadie-va-a-destruir-mi-relacion-con-la-sociedad/ Acesso em: 03 jan. 2011)

      • dar merda/ dar mierda

      Nos dicionários analisados do português não encontramos a EI dar merda, dessa forma propomos a seguinte definição "algo ocorrer de uma maneira ruim, diferente da que havia sido prevista". Já a correspondente proposta em espanhol dar mierda não foi encontrada em nenhum dos dicionários analisados, e, por isso, fizemos nossa busca no Google, no qual encontramos somente ocorrências literais dessa combinação. Segundo o DRAE mierda é "suciedad o porquería", e as ocorrências encontradas no Google tinham o sentido de "dar uma porcaria a alguém". Sendo assim, dar mierda não possui o mesmo significado idiomático que possui a expressão em português, e, portanto, não são correspondentes.

      • tomar porrada/ dar porrazos

      A EI tomar porrada também não foi encontrada nos dicionários de língua portuguesa, por isso, propomos a seguinte definição: "ser severamente criticado por alguém". Em espanhol porrazo significa, segundo a DRAE, "golpe fuerte que se da con una porra u otro instrumento". Sendo assim, dar porrazo tem o sentido literal de golpear alguém com algum instrumento, e, por isso, não foi encontrado com sentido idiomático nos dicionários consultados.

      Tabela 2: chegar lá / llegar allá, encher o saco / llenar la bolsa

      Hoje, eu acho que o grande legado que vai ficar da minha passagem pela Presidência são os pobres desse país estarem acreditando que eles podem chegar lá. É isso que eu quero fazer com a mulher. A mulher não é apenas a maioria numérica. Em muitas funções, a mulher é igual ou mais competente do que os homens. Todos vocês são casados e suas mulheres são mais corajosas do que vocês. E a minha também. As nossas mulheres têm coragem de fazer brigas que nós não fazemos. Às vezes, o vizinho enche o saco e nós dizemos que vamos conversar. E a mulher diz: "Não tem essa não." Ela abre a porta e vai lá. (Disponível em: http://www.tijolaco.com/?page_id=22297 Acesso em: 03 jan. 2011)

      Hoy, yo creo que el gran legado que va a quedar de mi pasaje por la Presidencia son los pobres de ese país estén creyendo que ellos pueden llegar allá. Es eso lo que yo quiero hacer con la mujer. La mujer no es sólo la mayoría numérica. En muchas funciones, la mujer es igual o más competente que los hombres. Todos ustedes son casados y sus mujeres son más corajosas que ustedes. Y la mía también. Nuestras mujeres tienen coraje de hacer peleas que nosotros no hacemos. A veces, el vecino llena la bolsa y nosotros decimos que vamos a conversar. Y la mujer dice: "No tiene, esa no". Ella abre la puerta y va allá. (Disponível em: http://publicaronline.net/2010/08/13/actualidad/entrevista-a-lula-de-isto-e-%E2%80%93-brasil-nadie-va-a-destruir-mi-relacion-con-la-sociedad/ Acesso em: 03 jan. 2011)

      • chegar lá/ llegar allá

      Nos dicionários de língua portuguesa não foi encontrada uma definição para a EI chegar lá, dessa forma propomos a definição "ter sucesso em algo". Porém, tanto nos dicionários de língua espanhola como no Google só encontramos sentidos literais para a tradução llegar allá, sendo seu significado "chegar ao lugar de destino". Dessa forma, a tradução proposta para chegar lá não possui o mesmo sentido expressado pelo fraseologismo brasileiro.

      • encher o saco/ llenar la bolsa

      No dicionário Novo Aurélio do século XXI encontramos a seguinte definição para a EI encher o saco: 1. Enfastiar-se, amolar-se, chatear-se; estar ou ficar de saco cheio. 2. Enfadar-se, aborrecer, amolar (alguém); torrar o saco; torrar. Já em língua espanhola a tradução proposta llenar la bolsa possui somente o sentido literal de "encher uma sacola com algo", de modo que as duas não são correspondentes. Além disso, em espanhol existem as EIs tocar los huevos e tocar los cojones, que tem o sentido de "molestar a alguien", correspondendo, portanto, à EI brasileira encher o saco.


    Considerações finais

    Neste estudo, pretendeu-se mostrar as dificuldades encontradas na tradução de EIs, por meio de uma análise contrastiva da tradução para o espanhol de EIs do português presentes em uma entrevista do ex-presidente Lula à revista Isto é.

    Através dos resultados obtidos em nossa análise, pudemos observar que a tradução feita das EIs brasileiras ao espanhol difere, quanto ao seu significado, das EIs em português. Por mais que partimos de uma visão que considera o tradutor como um leitor que reescreve o texto em seu processo de tradução/leitura, não se pode negar que esse tradutor tem um compromisso com a obra que traduz, bem como com o autor da obra e a comunidade que a lê, não podendo, dessa forma, alterar seu sentido.

    Não pretendemos, com esta análise, criticar o trabalho feito pelo tradutor da entrevista analisada. O que queremos é mostrar como é árduo o trabalho de tradução de fraseologismos, neste caso, de expressões idiomáticas.

    Se traduzidas palavra por palavra essas unidades perdem seu sentido idiomático, causando um problema de correspondência na língua de chegada. Porém, nem sempre encontramos uma EI correspondente na língua estrangeira, o que torna necessária a utilização de variadas técnicas de tradução, como a paráfrase, por exemplo. Além disso, a dificuldade de se encontrar esses fraseologismos em dicionários é algo que dificulta ainda mais o trabalho do tradutor.


    Bibliografia

    ARROJO, Rosemary. Tradução, desconstrução e psicanálise. Rio de Janeiro: Imago Ed., 1993.

    BARCIA, Pedro Luis; PAUER, Gabriela. Diccionario fraseológico del habla argentina. 2ª ed. Buenos Aires: Emecé, 2010.

    BIDERMAN, Maria Tereza Camargo. Dicionário didático de português. 2. ed. São Paulo: Ática, 1998.

    BIDERMAN, Maria Tereza Camargo. Teoria linguística: teoria lexical e linguística computacional. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

    CAMACHO, Beatriz Facincani. Estudo comparativo de expressões idiomáticas do português do Brasil e de Portugal e do francês da França e do Canadá. 2008, 170p. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) - Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - Universidade Estadual Paulista, São José do Rio Preto, 2008.

    Dicicionario de La Real Academia Española. Disponível em: http://buscon.rae.es/draeI/

    FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio do Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3.ed. Curitiba: Positivo, 2004.

    MARQUES, Carlos José, et. al. Encontro com editores. Disponível em: http://www.tijolaco.com/?page_id=22297 Acessado em: 3 jan. 2011.

    MARQUES, Carlos José, et. al. Nadie va a destruir mi relación con la sociedad. Disponível em: http://publicaronline.net/2010/08/13/actualidad/entrevista-a-lula-de-isto-e-%E2%80%93-brasil-nadie-va-a-destruir-mi-relacion-con-la-sociedad/ Acesso em: 3 jan. 2011.

    RODRIGUES, Cristina Carneiro. Tradução e diferença. São Paulo: editora UNESP, 2000.

    TRISTÁ, Antonia María. Fraseología y contexto. Habana: Editorial de Ciencias Sociales, 1988.

    XATARA, C. M., RIVA, H. C. e RIOS, T. H. C. As dificuldades na tradução dos idiomatismos. In: Cadernos de tradução, n. 08, v. 02, Florianópolis: UFSC, 2001. pp. 183-194.

    WELKER, Herbert Andreas. Dicionários: uma pequena introdução à lexicografia. 2. ed. Revista e ampliada. Brasília: Thesaurus, 2004.


    _____________________

    1 Comunicação apresentada no "II Encontro do Grupo de Estudos de Linguagens do Centro-Oeste" em 25 de agosto de 2011.

    2 Adotamos aqui o termo lexia complexa empregado por Pottier (apud WELKER, 2004) em oposição aos termos lexia simples, lexia composta e lexia textual. Sendo assim, neste trabalho consideramos lexia complexa as lexias formadas por sintagmas inteiros e que se diferenciam das lexias compostas por estarem "em vias de lexicalização". (POTTIER, Bernard. Linguistique générale. Théorie ET description. Paris: Klincksieck, 1974, pp. 19, 20.)

    3 Tradução feita pela autora, assim como as demais traduções aqui realizadas, quando não encontrada edição disponível em português.

    4 XATARA, C. M. A tradução para o português de expressões idiomáticas em francês. Araraquara, 1998, 253p. Tese (Doutorado) - Faculdade de Ciências e Letras - Universidade Estadual Paulista.

    5 De acordo com Pottier (POTTIER, Bernard. Linguistique générale. Théorie ET description. Paris: Klincksieck, 1974, pp. 19, 20.) o termo lexia é o termo geral que se refere tanto a "lexemas" (palavras com significado próprio), como a "gramemas" (morfemas gramaticais: artigo, pronome, advérbio, preposição).